Fevereiro Laranja: como se prevenir contra a leucemia

Fevereiro Laranja: como se prevenir contra a leucemia
A campanha Fevereiro Laranja foi criada com o objetivo de chamar a atenção de toda a população sobre a leucemia.
Trata-se de um tipo de câncer que se inicia na medula óssea, onde nosso sangue é produzido. O resultado é a proliferação de células cancerígenas, que substituem as células saudáveis do nosso organismo. Isso acontece porque os glóbulos brancos perdem a função de defesa e passam a se reproduzir de forma desordenada.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa é que quase 6 mil homens e 5 mil mulheres tenham sido diagnosticados com leucemia no ano de 2020, somente no Brasil.

Diferenças


A primeira diferença entre os tipos de leucemia é que ela pode ser uma doença crônica ou aguda. Crônica é aquela que geralmente se agrava de maneira lenta, enquanto a aguda costuma piorar de maneira rápida.
As leucemias também podem se diferenciar com base nos tipos de glóbulos brancos que elas afetam: linfoides ou mieloides.

Leucemia linfoide crônica: afeta células linfoides e se desenvolve de maneira lenta. A maioria dos pacientes com esse tipo de doença tem mais de 55 anos e raramente ela afeta crianças;
Leucemia linfoide aguda: afeta células linfoides e se desenvolve de maneira rápida. É o tipo mais comum em crianças, mas também pode acometer os adultos;
Leucemia mieloide crônica: afeta células mieloides e se desenvolve de maneira lenta. Afeta principalmente os adultos;
Leucemia mieloide aguda: afeta células mieloides e se desenvolve de maneira mais rápida. Afeta tanto adultos, quanto crianças, mas a incidência aumenta com o aumento da idade.

Prevenção


Na maioria dos casos, os pacientes com leucemia não apresentam fatores de risco que possam ser modificados. No entanto, o INCA indica que há suspeita da associação entre determinados fatores com o risco aumentado de desenvolver alguns tipos específicos da doença, como:

  • Tabagismo;
  • Síndrome de Down e outras doenças hereditárias;
  • Histórico familiar;
  • Síndrome mielodisplásica e outras desordens sanguíneas;
  • Exposição a agrotóxicos, solventes, diesel, poeiras;
  • Infecção por vírus de hepatite B e C.

Também há casos raros de leucemia secundária associada ao tratamento de outros tipos de câncer, devido ao uso de determinados agentes quimioterápicos e/ou de radioterapia. No entanto, eles dificilmente poderiam ser evitados, já que o tratamento de uma doença potencialmente fatal é a prioridade.

Sintomas


Os principais sintomas da leucemia decorrem da diminuição da produção de células sanguíneas normais.
A diminuição dos glóbulos brancos, por exemplo, pode ocasionar anemia e consequentemente o paciente sente fadiga, falta de ar, palpitação e dores de cabeça.
Já a redução dos glóbulos brancos provoca queda na imunidade, deixando o organismo mais exposto às infecções.
Quando há diminuição das plaquetas, o sintoma mais evidente são os sangramentos, especialmente nas gengivas ou pelo nariz, além de manchas roxas na pele.
Também são sintomas comuns da doença:

  • Gânglios linfáticos inchados na região do pescoço e axilas, geralmente sem dor;
  • Febre ou suores noturnos;
  • Perda de peso sem motivo aparente;
  • Desconforto abdominal causado pelo inchaço do baço ou do fígado;
  • Dores nos ossos e nas articulações;
  • Náuseas e vômitos;
  • Visão dupla e desorientação.

Doação de medula


Um dos tratamentos possíveis para o paciente diagnosticado com leucemia depende da doação de medula.
As chances de compatibilidade giram em torno de 30% entre irmãos, mas é muito menor quando se trata de doadores não-aparentados. Por esse motivo, ser um doador é a oportunidade de salvar vidas!
Para o cadastramento, o doador deve ir até o Hemonúcleo de sua cidade ou região, apresentar um documento original com foto e preencher um formulário com seus dados pessoais.
Nesse momento, será realizada a coleta de uma amostra de sangue para testes de tipificação. Esses dados serão inseridos no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME) e, em caso de identificação de compatibilidade com um paciente, o doador será contatado para fazer outros testes.
Para o paciente, depois do tratamento com quimioterapia e/ou radioterapia, ele receberá a nova medula por meio de transfusão. Em três semanas, a medula transplantada já está produzindo células novas.
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